mercredi 31 août 2011

Historial dos Primeiros Grupos

Mensagem

Grupo de Comandos "OS APACHES" Curso CI16 (QUIBALA NORTE/ANGOLA)

Foi em fins de Setembro de 1963 que o Grupo, constituido por elementos escolhidos em todas as Companhias do
Batalhao, terminou a sua preparaçao especial, iniciada em meados de Junho do mesmo ano, nessa escola superior
chamada Quibala Norte,depois de uma instruçao intentissima, quer sob o ponto de vista de preparaçao fisica, tiro
ou tactica, quer ainda no que diz respeito a uma inteligente e eficaz Acçao Psicologica, no sentido duma completa
mentalizaçao dos instruendos, nos sacrificioa e responsabilidades que se lhes iriam exigir.
Uma v ez elevados à condiçao de "COMANDOS", pela cabal satisfaçao das missoes finais e reais que o curso lhe
impos, deslocou-se o Grupo para a ZIN, onde foi reforçar o Comandos e a Companhia de Caçadores ai existentes
Titubeante, inicialmente nas primeiras missoes de que foi incumbido, foi-se o Grupo tornando cada vez mais cons-
ciente do seu valor, aperfeiçoando-se cada vez mais, adquirindo um espirito de corpo que o iria unir até ao fim
e levar de vencida muitas dificuldades e contrariedades que o futuro lhe havia reservado;
Apos o Batalhao ter passado à situaçao de reserva do RMA, passou o Grupo de Comandos a trabalhar frequente-
mente sozinho, o que acabou por o emancipar completamente, nno que diz respeito à estruturaçao e cimentaçao
de qualidades que lhe iriam mais tarde merecer especial atençao.
Tendo percorrido quase todo o Norte de Angola, nas mais diversas missoes, com alguimas das quais muito se
tema honrar e orgulhar, do Ucua aCarmona, de Zala à Canda, de Cambambeà Beira Baixa, e tantas outras,
procurou o Grupo sempre cumprir, quaisquer que fossem as condiçoes em que se encontrava, com o reduzido
numero a que o esforço o havia limitado, esforço esse, que nem sempre poder ser justamente atestado por
resultados mais compativeis com o QUERER E SABER, posto em jogo.
Com a mudança do Batalhao em Junho de 1964, tendo terminado a intervençao do Grupo de Comandos como
Grupo autonomo ao serviço de QG/RMA, continuou todavia este , até ao fim da comissao (Junho65) como Grupo
independente, com caserna propria no Campo Militar do Grafanil e dentro da area pertencente ao Batalhao, do qual
passou directamente a depender, tendo participado na manutençao do serviço de guarda ao perimetro da Cidade
de Luanda, em escoltas de rabastecimento a unidades no Norte de Angola, e tambem em patrulhamentos e
emboscadas na defesa do referido perimetro (nomeadamente nas zonas de Viana e Rio Bengo).
Durante todo o tempo do serviço militar, o Grupo sempre se mostrou cumpridor, justificando os ensinamentos e a
experiencia adquiridos, pois que assim o exigia a responsabilidade da missao, a confiança dos seus Chefes e o
amor à sua Patria.
(testemunho do meu Chefe e Amigo Zeferino Robalo Alf.Mil° CMD)
O Grupo foi louvado por Sua Exclencia o General Comandante da Regiao Militar de Angola em OS 01Abr64

Se a Juventude soubesse....

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Se a juventude soubesse.....

----Nunca será demais lembrar aos actuais jovens portugueses que os pais e os avós deles que pelo país deram o melhor que tinham de si, andam a ser covardemente enxovalhados há mais de 30 anos, em comparação com quem, e por quem, nem para lhes limpar as botas serviria.
E deixar bem claro que com governantes destes, não há nenhum país no mundo que mereça uma gota de generosidade da sua juventude.
Como facilmente se pode constatar desde a antiga literatura de banda desenhada até ao actual cinema americano, o combatente dos Estados Unidos é sempre o maior; o antagonista é o bombo da festa. Terminada a guerra, a América pode não perder tempo a estabelecer relações amigáveis com o Japão, com a Coreia do Norte ou com o Vietname; mas que um borra-botas qualquer, que passou o conflito a coçar o rabo pelas esquinas, se atreva a denegrir o seu militar em favor do antigo inimigo, isso só acontece em países moribundos, sem um pingo de dignidade na defesa dos mais elementares valores nacionais.
Isto não é só bonito: Se existem forças armas, é porque a eventualidade da sua utilização está sempre no horizonte... Manter a chama acesa, é uma prova de inteligência.
Ao antigo combatente pouco importa se a guerra que travou foi ou não justa. Isso não é da sua conta. O que lhe interessa é que quaisquer que tenham sido as razões que o levaram a combater, até podia ter dado a vida pelo país. E isso é que importa; é o que em certos países deveria merecer toda atenção de quem comanda os destinos dum povo. Castrar uma geração de combatentes do seu orgulho de terem defendido a pátria é uma traição nacional; é muito pior que a fuga dum contingente militar para as hostes inimigas.
Não estou a falar de dinheiro; e a eventualidade da guerra é vida dos militares profissionais. Mas para quem esbanja milhões com delinquentes, drogados e com subsídios a quem nunca mexeu uma palha pelo país, não era nada do outro mundo atribuir a todos os outros antigos combatentes uma regalia simbólica, que pelo menos lhes mostrasse alguma gratidão.
Um pouco de respeito, pelo menos, já seria o suficiente... mas os antigos combatentes portugueses nem essa atenção têm merecido. Tudo quanto o povo português sabe, e com ele a actual geração de jovens, é que o combatente do Ultramar foi um assassino de mulheres e crianças, que saiu de África com o rabo entre as pernas sem honra nem glória.
Se calhar, os actuais jovens militares portugueses, nem pensam nisto; mas deviam saber que os pais deles, que lutaram no Ultramar, andam a ser achincalhados há quase trinta anos, em comparação com quem, e por quem, na realidade, nem para lhes engraxar as botas tinha qualquer préstimo; que andam agora por aí em "missões de paz", a defender as costas de quem não lhes diz nada, de outros que há duas dúzias de anos retractavam grotescamente os antecessores nas paredes das antigas cidades portuguesas de África.
Por agora está tudo bem, "somos todos velhos amigos"... Mas se um dia destes o caldo se entornar - como parece querer entrar em ebulição a qualquer momento - não faltarão por aí "analistas e comentadores" nas rádios e nas televisões a enaltecer os catorze anos de guerra no Ultramar como o maior feito dos portugueses desde o tempo das descobertas.


Tavares
In: Servir Portugal

Louvor

Louvores aos primeiros Grupos de Comandos

Louvor concedido pelo General Comandante da Região militar de Angola:

Sua Excelência o General Comandante da Região militar de Angola, em OS de 01Abr64; louvou o Grupo de
Comandos do Batalhão de Caçadores N°442 "OS APACHES", pela forma briosa e entusiástica com o que tem
encarado o desempenhado todas as missões de que tem sido incumbido.
Tendo-lhe sido atribuídos objectivos dos mais difíceis e arriscados, em função da instrução especial que lhe
foi ministrada e natural robustez física dos seus elementos, desenvolvida e aperfeiçoada pela pratica de
exerci cios progressivamente mais duros e relacionados com o combate, pode no final das acções, à custa de
extraordinário valor, entusiasmo, espírito de sacrifício e arreigada noção do DEVER, proferir sempre, MISSÃO
CUMPRIDA.
Integrado de elementos possuidores de uma mística de Grupo já muito acentuada em que as acções individuais são julgadas em função de beneficio colectivo, sóbrios, duros, abnegados, capazes de arriscar sem
hesitação a vida por um companheiro, atingiu já um tal grau de eficácia e experiência que o cotam como
uma esplêndida Unidade de contra-guerrilha. Vindo a tomar parte em operações difíceis e exaustivas em
varias regiões, tendo os êxitos destas, motivado os melhores louvores dos respectivos comandos, muito há
a esperar ainda da actividade operacional deste GRUPO, cujas qualidades de intrepidez, bravura, audácia
e desprezo pelo perigo dos seus componentes, fazem jus à divisa de todos os COMANDOS.
AUDACES FORTUNA JUVAT

COMPONENTES DO GRUPO
Alf Mil°:Zeferino Robalo
Fur Mil°s:Jaques Afonso-Joao Elvio-Marques Igreja
1°s Cabos: Cardoso Manuel-PereiraGarcez-Fernando Tavares-Luís Albuquerque-Dionísio Frazão-José Caçarrao
Martins Louro-Neves Teixeira-José Pedro-Daniel Costa-Baeta Rodrigues-Bernardino Rocha-Laranginha Nunes
José Honorato da Marta.
Soldados: Alfredo dos Santos-Francisco Novais-Orlindo Martins- Pires Marques- José Gonçalves- Ferreira Gomes
Barata Gonçalves-Martins da Graça- Rosário da Graça -Leão Roneberg- Hilário Mota- José Morgado
António Soeiro- José Morais - Azinheira Geraldes.

mardi 30 août 2011

EMBLEMAS



O Grupo de Comandos "Os Apaches" foi formado por militares das Companhias CCS,405,406 e 407 do BCaç 442, Em Junho de 1963 partiram para Quibala Norte(Fazenda Senhora da Hora),
para o Curso de Guerrilha e Contra Guerrilha que seria o 1° Curso de Comandos.
Em conjunto com outros 5 Grupos mais pessoal de Moçambique (deram a instrução ao 1° Curso
em Moçambique -Namaacha 1964), começamos a instrução no duro solo da Quibala, sendo o
Comandante de Instrução o Capitão Gilberto Santos e Castro (Comando n° 1) tendo acabado o
Curso em fins de Setembro 63, tendo o nosso Grupo depois de uns dias passados em Luanda
partido para o Zemba até principios de Novembro, Seguindo para Luanda para estar às ordens
do QG até Junho de 1965, data de regresso ao Continente, tendo chegado a Lisboa em 16/06/1965