lundi 3 septembre 2012
mardi 28 août 2012
«Comandos despediram-se do seu Herói
Nacional»
in "Correio do
Minho", de 22Ago2012
autor: Luís Fernandes
A morte pode bater-nos à porta das mais variadas formas:
na doença ou num acidente trágico como foi o caso do
coronel Jaime Abreu Cardoso, de 75 anos.
A morte bateu-lhe à porta quando, sábado último, se
sentou no banco para pilotar a “Paulistinha”, tendo como
passageiro o piloto octogenário Fernando Afonso Ribeiro
da Silva. Ambos morreram sábado à tarde, à pouca
distância do Aeródromo de Palmeira quando a avioneta se
despenhou.
Para além de filho da terra, de Vieira do Minho, o padre local Albino Carneiro recordou, na missa fúnebre, que Jaime Rodolfo de Abreu Cardoso, pai de três filhos não foi, ao longo da sua carreira, um militar qualquer: é apenas um dos 20 em Portugal inteiro distinguidos com o Grau Oficial da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Para além de filho da terra, de Vieira do Minho, o padre local Albino Carneiro recordou, na missa fúnebre, que Jaime Rodolfo de Abreu Cardoso, pai de três filhos não foi, ao longo da sua carreira, um militar qualquer: é apenas um dos 20 em Portugal inteiro distinguidos com o Grau Oficial da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Justificou-se, por isso, a presença de tantos militares
— desde oficiais generais ao mais humilde dos soldados.
Os do activo e ex-militares Comando, ramo militar de Jaime Cardoso, fizeram questão de notar a sua presença. E fizeram-no com estilo: mesmo trajando à civil, cobriram as suas cabeças com as suas boinas grená e deles se ouviu bem alto o seu grito de unidade, em tom forte, emotivo e simultaneamente orgulhoso “Mama Sumae”, sob a voz de comando do seu general Pinto F erreira.
Os do activo e ex-militares Comando, ramo militar de Jaime Cardoso, fizeram questão de notar a sua presença. E fizeram-no com estilo: mesmo trajando à civil, cobriram as suas cabeças com as suas boinas grená e deles se ouviu bem alto o seu grito de unidade, em tom forte, emotivo e simultaneamente orgulhoso “Mama Sumae”, sob a voz de comando do seu general Pinto F erreira.
No cemitério, no último adeus a Jaime, o que fora dos
melhores entre os melhores.
O general Pinto Ferreira, tal como o padre Albino Cardoso recordara na sua intervenção na igreja do Mosteiro, frisou que Jaime Cardoso é um Herói Nacional. Porque — frisara o sacerdote — “quem é grande não precisa de colocar-se em bicos de pés”. As condecorações traçam o seu invulgar percurso de militar e de cidadão e falam por si.
Na igreja do Mosteiro pareceu ter-se assimilado bem o discurso de Albino, padre e ex-político. Ouviram-se palmas muito fortes dos fiéis de Vieira do Minho e de quem veio por esse país fora.
O general Pinto Ferreira, tal como o padre Albino Cardoso recordara na sua intervenção na igreja do Mosteiro, frisou que Jaime Cardoso é um Herói Nacional. Porque — frisara o sacerdote — “quem é grande não precisa de colocar-se em bicos de pés”. As condecorações traçam o seu invulgar percurso de militar e de cidadão e falam por si.
Na igreja do Mosteiro pareceu ter-se assimilado bem o discurso de Albino, padre e ex-político. Ouviram-se palmas muito fortes dos fiéis de Vieira do Minho e de quem veio por esse país fora.
Os cânticos do povo de Vieira a acompanhar a missa concelebrada por cinco sacerdotes, um dos quais segundo primo de Jaime — cónego Guilherme F. Malvar Fonseca — fizeram desta homenagem fúnebre um acto de festa porque, como disse na homilia o padre Nuno Alves, para Jaime Cardoso, terminaram as dores e sofrimentos humanos. “Entrou numa comunhão com o Pai”.
A lista de presenças nas cerimónias é extensa: presidente e ex-presidentes de câmara de Vieira, dirigentes de instituições sociais, comandantes militares e oficiais generais. Jaime é um Herói do Minho e há poucos que se podem orgulhar disso.
lundi 20 août 2012
Jaime Rodolfo de Abreu Cardoso, nascido em 06 de Outubro de 1936, coronel de infantaria 'comando' na situação de reforma.
Serviu Portugal durante a guerra no Ultramar, onde se notabilizou nos seguintes teatros-de-operações:
- de Angola (CCac318, CI21, GrCmds 'Fantasmas', CI16 e CI25), em 1961-1964
- da Guiné (CIC-Brá), em 1964
- de Angola (7ªCCmds), em 1966
- de Moçambique (7ªCCmds), em 1966-1968
- de Angola (CCac3412), em 1971-1973
Por feitos em combate, foi agraciado: com a Medalha de Prata de Valor Militar, c/palma (1964); com o Oficialato da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (1969); e com a Medalha de Cruz de Guerra, de 1ª classe (1973).
Faleceu, em 18 de Agosto de 2012.
Que a sua Alma descanse em Paz.
Sentidas condolências à Família enlutada, aos Amigos e Camaradas-d'Armas, e a toda a "Família Comando".
PS/ foi instrutor do CI 16
Serviu Portugal durante a guerra no Ultramar, onde se notabilizou nos seguintes teatros-de-operações:
- de Angola (CCac318, CI21, GrCmds 'Fantasmas', CI16 e CI25), em 1961-1964
- da Guiné (CIC-Brá), em 1964
- de Angola (7ªCCmds), em 1966
- de Moçambique (7ªCCmds), em 1966-1968
- de Angola (CCac3412), em 1971-1973
Por feitos em combate, foi agraciado: com a Medalha de Prata de Valor Militar, c/palma (1964); com o Oficialato da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (1969); e com a Medalha de Cruz de Guerra, de 1ª classe (1973).
Faleceu, em 18 de Agosto de 2012.
Que a sua Alma descanse em Paz.
Sentidas condolências à Família enlutada, aos Amigos e Camaradas-d'Armas, e a toda a "Família Comando".
PS/ foi instrutor do CI 16
lundi 30 juillet 2012
dimanche 1 juillet 2012
DISCURSO DE SUA EXCELENCIA O PRESIDENTE DA REPUBLICA
NOS 50 ANIVERSARIO DA CRIACÃO DOS COMANDOS
NOS 50 ANIVERSARIO DA CRIACÃO DOS COMANDOS
Comemoramos, hoje, em simultâneo, os 50
anos de criação dos “Comandos” e o dia do Centro de
Tropas Comandos.
Pretendo, como Comandante Supremo das
Forças Armadas, prestar nesta data uma justa homenagem
aos militares “Comando” que serviram com audácia e
abnegação a nossa Pátria, e distinguir o seu relevante
contributo para a defesa dos valores da liberdade e da
democracia.
Saúdo cada um dos presentes nesta
cerimónia, e, em especial, os veteranos de guerra, a
quem manifesto o meu sentido apreço e a quem o nosso
País tanto deve.
Festejar este dia é uma oportunidade para
revisitar o passado, feito de valorosos atos de bravura
e coragem, um passado que não deve ser esquecido, pelo
exemplo e pela inspiração que encerra.
É também um dia de reencontro de
gerações, unidas pelos mesmos valores e princípios,
forjados em códigos de conduta e de honra comuns,
presentes desde a fundação das Tropas Comando.
Aos militares, que estiveram na sua
origem e integraram as primeiras forças, foram exigidos
graus de resistência física e mental singularmente
elevados, para fazer face à natureza e aos requisitos do
ambiente operacional com que então éramos confrontados
em África.
Durante 12 anos, nove mil homens,
integrando várias unidades deste corpo de elite, tiveram
um desempenho notável nos teatros de operações de
Angola, Moçambique e Guiné, fazendo do militar “Comando”
um soldado de exceção, exemplo maior de valor militar,
valentia em combate, coragem, sangue-frio e serena
energia debaixo de fogo.
O espírito de disciplina, o sentido de
responsabilidade e o elevado patriotismo, demonstrados
em África, ficaram novamente patentes quando foram
chamados a atuar em defesa da legitimidade democrática,
assumindo um papel preponderante na preservação e na
consolidação da liberdade reconquistada no dia 25 de
abril de 1974.
É, pois, com um sentimento de viva
gratidão que hoje evocamos a memória de todos os
“Comandos” que tombaram no campo da honra e deram a sua
vida pela Pátria, a quem prestámos sentida homenagem,
segundo o cerimonial castrense e os preceitos inscritos
no ritual “Comando”.
Ao vencerem quando poucos acreditavam, ao
conquistarem quando muitos se opunham, ao avançarem
quando outros vacilaram, os seus nomes ficaram
indelevelmente gravados nos monumentos que os
homenageiam e no coração dos que com eles privaram. É um
momento de pesar, mas também de profunda admiração pela
forma como honraram os seus camaradas de armas e a
Pátria Portuguesa.
Manter viva a sua memória, manter fortes
os laços e os valores que a todos unem, encontra eco nos
princípios que regem a Associação de Comandos, a quem
quero manifestar o meu reconhecimento, pela ação
altamente meritória desenvolvida na preservação de um
património histórico e moral inestimável, no
fortalecimento da camaradagem de armas que vos acompanha
ao longo da vida e, em particular, no apoio solidário
aos associados mais carenciados e suas famílias.
Hoje, a atuação dos “Comandos”
desenvolve-se num contexto diferente, mas a
determinação, o profissionalismo e a preparação dos
militares mantém-se a mesma, quer nas missões que
desempenham nas Forças Nacionais Destacadas, de que é
exemplo a atuação no Afeganistão, merecedora de rasgados
elogios, quer nas ações de Cooperação Técnico-Militar
que desenvolvem com os países de expressão portuguesa.
É justo evidenciar o papel insubstituível
do Centro de Tropas Comandos, herdeiro e guardião das
nobres tradições das unidades de Comandos, e que assenta
na competência e na motivação dos seus quadros.
Os elevados padrões de desempenho que
esta tropa de elite tem mantido só são possíveis se lhe
estiverem associados um rigoroso treino e uma identidade
própria, alicerçados numa disciplina e em códigos de
conduta fortes.
Apesar dos avanços tecnológicos e da
elevada sofisticação dos equipamentos, a chave do
sucesso continua a residir no militar, na sua
preparação, na sua força moral, na sua capacidade de
interpretar e de decidir.
É com esta certeza, que me dirijo aos
jovens militares que terminaram o centésimo décimo nono
Curso de Comandos, felicitando-os por terem
ultrapassado, com êxito e certamente com sacrifício, os
desafios e as provações a que foram submetidos.
Militares “Comando”,
A vossa história está repleta de
valorosos exemplos de bravura e coragem, bem expressos
nos anais dos vossos 50 anos de existência e nas mais
altas condecorações que militares e unidades “Comando”
ostentam, com orgulho e distinção.
Os jovens que então assumiram a árdua
tarefa de iniciar esta força especial foram sujeitos a
condições únicas de grande adversidade, que colocaram à
prova as suas convicções, os seus medos e os seus
instintos. Foram capazes de as vencer, com determinação
e heroísmo, conseguindo feitos extraordinários.
Lições de vida, que devem servir de
exemplo e inspiração para todos nós.
Agradeço, de novo, a vossa presença.
Agradeço, em nome de Portugal e dos Portugueses, tudo
aquilo que cada um de vós, com esforço e incondicional
dedicação, fez pelo nosso País.
Encorajo os mais jovens a estarem à
altura dos valores e tradições daqueles que vos
precederam, a honrar a memória dos que se eternizaram
pelos seus feitos, continuando a ser a voz do Comando,
bem alto gritando: “MAMA SUMAE AQUI ESTAMOS”.
Tirado do Portal UTW dos Veteranos da Guerra do Ultramar, com a devida vénia
Tirado do Portal UTW dos Veteranos da Guerra do Ultramar, com a devida vénia
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